6 de agosto de 2025

Prédio em ruínas na Rua Cândido dos Reis

Passado um ano repetimos o alerta pois a situação continua a piorar.

Um sinal de incúria naquele que devia ser um dos espaços nobres do Concelho de Almada e onde a autarquia tanto já investiu.

O que será preciso fazer para entaipar o prédio e desinfestar o espaço?

 A rua Cândido dos Reis tem todas as condições para ser um dos cartões de visita do Concelho de Almada.

Foi feito um grande investimento na sua requalificação e modernização, com o empenho da Câmara Municipal de Almada e o apoio de outras entidades como a Associação De Comerciantes e os investidores locais. Embora subsistam alguns problemas como a regulamentação do espaço público e transito.

Porém a situação que mais alarma, para além da eternização de algumas obras, é o facto da contínua e agravada degradação do prédio sito nos números 125 e 127 desta rua.

O edifício está desde há anos ao completo abandono, com as janelas e portas abertas ou destruídas e o prédio   totalmente degradado.

Neste momento constitui um foco de diversos perigos. Ocupação do prédio para fins ilícitos, foco de doenças e contágios motivado pela presença de ratazanas e baratas, além do mau cheiro que vem desse local.

Uma questão que será a mais premente é o perigo de activação de incêndios e a sua rápida propagação, visto tratar-se duma zona histórica envelhecida.

 Pedimos, portanto, às autoridades competentes uma rápida intervenção antes que algo de mais grave aconteça.

 A agravar a situação, salienta-se o facto de se encontrar numa artéria nobre da cidade muito vocacionada para o Turismo, com restaurantes largamente frequentados pelos turistas e população local e também com muitos alojamentos locais.

Uma rua que ainda recentemente teve o investimento da Câmara de Almada, na repavimentação da artéria.

Terminamos lembrando que este prédio se encontra a 50 metros do Centro de Turismo Municipal. 


9 de maio de 2025

“Parque Mayer – 100 anos de Glórias, Vivências e Memórias”

 

“Parque Mayer – 100 anos de Glórias, Vivências e Memórias”, que titula este documentário multimédia, não é mais de que um singelo contributo, na evocação do seu centenário e de um lugar que durante décadas foi símbolo de boémia, de entretenimento, da gastronomia popular e da “Revista à Portuguesa”…

Inaugurado no longínquo ano de 1922, em 15 de Junho, o Parque Mayer, foi o local de eleição lisboeta para os espetáculos de teatro de Revista.

Ficou conhecido como a "Broadway portuguesa", por nele chegarem a funcionar em simultâneo os seus 4 teatros que levaram à cena, centenas de espectáculos de Revista, comédia, farsa, opereta, e outros entretenimentos.

Além dos teatros, o Parque Mayer oferecia uma variedade de divertimentos populares, como carrinhos de choque, “tirinhos” e pavilhões de jogos de salão, sem esquecer as competições emocionantes de Luta Livre e boxe, realizadas nas temporadas de Verão nas décadas de 50 e 60, que atraíam multidões.

Não faltavam ainda, os populares restaurantes, as tascas de petiscos e farturas e as  bancas de bebidas frescas, limonadas, capilé e groselha, muito procuradas pelos visitantes do Parque Mayer nos meses quentes do ano …

O Parque Mayer foi  um marco importante na cidade de Lisboa e uma memória querida para muitos portugueses, que neste recanto da capital, marcou vincadamente as suas vidas, numa forma de prazer, diversão e alegria…

Hoje em dia, apenas existem um teatro Revista e um restaurante e mais recentemente dois teatros que foram totalmente restaurados e renovados, com programação variada e intermitente.

No restante, impera o silêncio e a saudade…

Bem-vindos  ao Parque Mayer!

Bem-vindos à “Revista à Portuguesa”!

Luis Bayó Veiga / Modesto Viegas

Fnac-Chiado - 20 Maio 2025


1 de maio de 2025

Homenagem a Mário Araújo

A Comissão de Amigos de Mário de Araújo, tem o prazer de convidá-lo(a) para a Homenagem a este Associativista - Resistente - Progressista, a realizar no dia 4 de maio, domingo, pelas 16h na sala do Antigo Cinema da Academia Almadense. 


 

8 de abril de 2025

Ginjal que futuro???

 

Desde a desactivação das empresas industriais no Ginjal nos anos 70, que se aguarda a requalificação deste espaço que é sem dúvida uma das zonas de maior beleza nas margens do Tejo e também de grande importância histórica e turística.

Ao longo das últimas décadas têm sido criadas expectativas aos almadenses na recuperação desta zona ribeirinha, com um enorme potencial turístico e de criação de riqueza.

Lembramo-nos os esforços desenvolvidos pela antiga presidente da Câmara Municipal de Almada Maria Emília Neto de Sousa, que na década de 80 do século passado, tendo como parceiro interessado a empresa Grão-Pará, que acabaram por se lograr, por motivos que não vamos escalpelizar nestas breves linhas.

O interesse que o local suscita tem levado ao longo dos anos investidores nacionais e internacionais a tornarem-se parte interessada na revitalização do Ginjal.

E quando pensávamos que finalmente estava tudo a andar com projectos delineados e apresentados publicamente, tivemos conhecimento que o andamento do processo estava embargado pela APL e Poder Central devido a contestarem a propriedade do espaço público à Câmara de Almada. A apresentarem recursos sobre ações que vão perdendo nos tribunais, protelando assim o andamento deste projecto de desenvolvimento de interesse local e nacional.

A realidade é que do lado oposto do rio Tejo nos Concelhos ribeirinhos, assim como vizinho Seixal houve uma modernização e uma requalificação dos espaços na margem do Tejo que trouxeram investimento, progresso, qualidade de vida, melhor aproveitamento do Turismo e criação de emprego.

Em Almada arrastamo-nos aos anos com a falta do aproveitamento das potencialidades reais que o nosso Concelho tem para proporcionar melhores condições de vida.

E quem tem uma vida mais longa apercebe-se que para lá das diferenças dos projectos políticos autárquicos, algo de mais profundo e estruturante tem de existir para impedir o desenvolvimento do nosso Concelho.

Quem sai do cacilheiro para nos visitar assim como os milhares de pessoas que transitam pelo Cais de Cacilhas têm uma visibilidade limitada de Lisboa e do rio Tejo. Para além disso quem for visitar o Ginjal, alertado pela divulgação turística é confrontado entre optar pela beleza natural do espaço e pela falta de segurança para circular, devido à ruína dos edifícios e à destruição do piso. Em breve se não existir uma intervenção para arranjo das estradas, consolidação das arribas e escoramento das ruínas dos edifícios, o espaço terá de ser encerrado à circulação e os restaurantes encerrados.

Passados mais de 50 anos é tempo de se entenderem, realizar o projecto e virar de página.